quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pela janela


Não sejamos tolos. Não sejamos hipócritas. Qual é o verdadeiro fundamento? Vê aquela janela? Fechada. Pois é... Semana passada vi um homem jogar sonhos por ela. Jogou fora, tudinho. Para onde foram? Alguns morreram na calçada. Outros escaparam um tiquinho para a rua, mas logo um caminhão passou. Ainda tiveram outros que voaram, mas desses não sei dizer o fim. Acredito que estão perambulando por aí, procurando uma árvore para pousar. Será?

Só sei que não concordo. Aqui da minha esquina, observo e não concordo. Por quê? Ora... é fácil voar de balão e achar a rua bonita. Mas bota sua cadeira aqui do lado, dia após dia, noite após noite. Debruce seu olhar neste ângulo e só então venha me falar de beleza ou seja lá do que for. Mas eu sei a importância e motivo de cada grão de poeira que cá está. Foram necessários muitos momentos para que eu compreendesse e, acredite, não foram os momentos felizes que me proporcionaram esse entendimento. Demorei bastante para aprender a não ser leviano, a não julgar. Porém também sei que nada está livre de julgamento. Já a hipocrisia me irrita demais...

Agora eu lamento pelos sonhos. Desse pensamento não me livrei. Simplesmente por que cada sonho tem um pedacinho do fundamento mais importante, o amor. E cada vez que você joga fora, é uma parte muito importante de vida que se vai e que jamais se recupera.

O homem? Está lá dentro e nunca mais o vi na janela. Mas com minha sabedoria sei que ainda há uma janela aberta. Qual? A mais importante, o coração.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Lucidez

Só agora estou pronta. A fato é que a gente nunca está pronta, até se dar conta. Tem sido dias difíceis. Os 365 dias mais difíceis desses quase 30 anos. Mas eu sigo, com o conforto e confronto da lucidez.