quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz ano novo, feliz ano todo.





Está chegando. Mais um pedaço de tempo. Mais páginas para serem escritas. Mais emoções para serem vividas. Há quem diga que tudo é ilusão. Se é ou não, não importa, te convido a colocar o coração de qualquer forma para viver isso. 

A cada ano costumamos pedir por amor, saúde e paz. Mas basta acordar e botar o pé no chão que espalhamos o contrário disso. 

Espero que neste novo ano, façamos menos espetáculo e sejamos pessoas mais verdadeiras. Nosso afeto é muito poderoso para ser líquido, para ser gasto em relações líquidas. Vamos ser inteiras não somente num instante, mas em todo o contexto que vivemos. Que possamos (re)aprender que ninguém aparece na nossa vida por acaso. É importante receber a lição que o cosmos quer nos dar e aceitar isso de maneira plena. 

Estamos vivendo sem fechar ciclos e com a ironia de menosprezar o que nos é importante. Isso nos machuca e ajuda a adoecer. Temos dificuldade em saber a direção de nossos caminhos certos porque estamos sempre fechando os olhos para o que consideramos e estamos vivendo o que achamos que a sociedade julga correto. Mas nossa sociedade está doente, com valores deturpados. E ao invés de estarmos retomando o que nos é importante, estamos cada vez mais afundando nessa lama de atmosfera irônica e líquida. 

Deixemos isso de lado. Vamos nos resgatar, vamos caminhar em direção ao amor, vamos nos fortalecer juntos. 
Que possamos estar de olhos e coração abertos para as coisas lindas que a vida nos apresenta. Porque se estamos vivos há uma razão pra isso, então vamos cumprir nosso papel. Vamos nos afastar da mentira que estabelecemos para as relações com os outros e com nossa própria mente e corpo, pois ela é uma recusa e falta de confiança em nós e nos outros. 

E acima de tudo vamos nos responsabilizar pelos nossos atos. Se errarmos, vamos nos desculpar, nos erguer; se sairmos do caminho, vamos respirar fundo, esfriar a cabeça e retornar para nossa trilha. Se fazemos coisas boas, coisas boas nos alcançarão. Essa lei é verdadeira. 

Então para esta nova fatia de tempo eu peço por sabedoria para todos nós.  Que ela nos alcance para que possamos dar valor e atenção ao que é verdadeiro e importante. Sem intrigas, sem mentiras e sem desafetos. E também espero que aprendamos a agradecer todos os dias, ao contrário das reclamações que proferimos. 

Agradeço cada passo, cada presença, cada ensinamento. Estamos juntos nessa fatia por alguma razão. 

Te aguardo, 2016. Na varanda, sorrindo, num dia de sol. 

Feliz ano novo! 


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sobre lugares que não habitamos


Viajo porque preciso me encontrar. Ser mais eu, pois sou tão distante de mim. Viajo para fugir da rotina, tomar sol e vento na cara, pois isso me é tão raro. 

Viajo porque gosto de me encontrar com as artes, ter inspiração, tomar um café sem a pressa da reunião. Conversar, observar e ir sem culpa de deixar pra algo pra trás. Viajo para não sufocar. 

Viajo para aproveitar o tempo que sempre acho que perco nas minhas horas no escritório de baixo de luz artificial. Viajo porque escutar outros sotaques e ver outros rostos me conecta a mim de uma maneira não automática. 

Viajo para ter dias diferentes dos que tenho costumeiramente. Por isso, me permito acordar cedo sem reclamar, andar muito pelas ruas e comer o que der vontade. 

Viajo porque quero extrair o melhor de mim, para transcender e compartilhar. Por isso, busco habitar lugares que não habitamos para sentir que me aproximo de quem eu gosto de ser. 


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

2015



Abro a janela e deixo a brisa entrar, de leve. Pego um livro e leio algumas páginas enquanto saboreio meu café da manhã.

Tenho saudades do mar, mas é assim que gosto de começar meus dias. Devagar. Com passos pensados.

Agradeço.
Vem 2015, tranquilo, que estou precisando organizar as gavetas.