segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 - Fim




Para muita gente o mundo não acabou em 2012. Para mim sim.
Mas, tudo bem, vou juntar meus pedaços e seguir. É difícil, mas preciso me reerguer e caminhar.

Seguirei sozinho com meu cão. Só nele posso confiar. Vou recusar os sorrisos falsos, amizades bandidas e amores partidos. Vou tentar ser mais forte como já fui um dia.

Só que hoje peço que respeite minha vontade. Não quero festa, não tenho a que brindar. Brindar por um ano que não sei se vai ser bom? Não, não sou um homem tão otimista assim.

Contudo, deixe-me quieto. Pode até fingir que não me viu aqui, sem problemas. Porque hoje vou aceitar apenas um abraço e a companhia de meu cão.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Segue o seco


Restou um sobrenome, um amor, uma dor e alguma dívidas. Ainda não sabe bem como vai seguir daqui. Juntou a papelada e botou na bolsa. Foi para o ponto de ônibus e sentou.

Esperou, porque não sabia o destino. Era sempre ele que a levava pela mão. Olhou para os lados e viu os carros com cara de paisagem. Pensou. Lembrou.

O amor deu uma pontada, a dor deu um grito.
- O que é que faço agora? - pensou.

O celular sem créditos cheio de teclas que não servem pra amenizar. Esse é o instante do nada, um vazio. Quando há tantas coisas pesadas juntas que a mente nem processa. Piscar os olhos com areia, essa é a sensação.

Alguém gritou:
- Vamos, é o Jardim Rosana!

Deu um estalo, entendeu que precisava continuar.
Levantou e, sem esperanças, entrou no ônibus. Sem ter certeza do destino, sem querer voltar pra casa.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sonhos frágeis



Fiz uma pausa.
Está difícil colocar esses sonhos em caixas. Nossas fotos, nossos livros... Preciso de um chocolate.

Me deparei com um livro de viagens, fiquei uma hora pensando nos roteiros que não iremos fazer.

É estranho ver nossa vida desmoronar assim. Num instante, como uma brisa forte em um castelo de areia. Tudo ao chão. Como faremos para juntar nossos grãos de amor?

Já não é possível. Fizemos nossas escolhas e devemos seguir cada um o seu caminho. Não mais seremos dois, muito menos três.

É só uma pausa. Só um chocolate pra aguentar o tranco.
Onde estava mesmo? Ah, sim, os sonhos. Vão todos para as caixas, seladas, com um adesivo bem grande que diz: cuidado frágil.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Siga pela direita

É preciso sabedoria e cautela para passear por alguns lugares. Precisamos ficar de olhos abertos: nem sempre os atalhos são seguros. Na maioria das vezes são bonitos e convidativos, mas traiçoeiros.

Lá pelas minhas bandas, desde cedo aprendemos por onde andar. Isso porque sabemos que muitos caminhos não têm volta. E se escolhemos o amor é preciso andar na trilha certa, pois na minha aldeia não existe perdão.

Não existe perdão, porque existe zelo. E isso basta. Qualquer deslize pode ser fatal. Nos atalhos há muitas armadilhas. É possível se confundir rapidamente e esquecer o zelo, o amor...

Como saber qual o caminho certo? É necessário consultar a consciência e ela dirá. Não podemos nos enganar consultando nossos pré conceitos e frases prontas. Precisamos estar atentos. Precisamos ter cautela. E neste momento quase que imperceptível é que saberemos que devemos seguir pela direita.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Retrato



Ela olha pela janela escondida atrás da cortina. Observa as crianças na rua e tem vontade de ser criança de novo. Se perde em seus pensamentos presa naquele apartamento.

Acende um cigarro, bota mais uma dose de uísque no copo, já é a quarta. Quer esquecer enquanto se embriaga com lembranças doces.

Os dias amargos deixaram os dentes e os dedos amarelos. Minutos atrás cogitou andar no parque, desistiu. Não foi possível abstrair a dor de quem se perde entre essas tantas coisas sem controle. Quis sorrir, mas não teve forças.

Terminou o drink, o cigarro e se largou na cama por mais um dia consecutivo...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Eu quis



Eu quis dormir, mas a insônia não deixou. Eu quis fugir, mas o pensamento não permitiu. E eu quis me perder por outros mundos que era para ver se de repente eu não me encontrava em algum canto por aí. Eu quis me entregar e pensar somente no prazer momentâneo. E quis tanto e tantas coisas juntas que agora me desfaço em mil pedacinhos.

Eu quis ver, que era para ter a certeza do desejo e não apenas para me torturar. Mas sem intenção já me torturaria, pois eu quero mudar as regras que não posso mudar. E por hora eu desejei ser flor. Me senti num jardim de outono, seco e cinza. Onde a dor é visível e não há canto de pássaros.

Eu quis fugir do impossível mesmo sabendo que é sempre tarde demais para fugir dessas coisas. Então eu quis deixar me desvendar. Que era pra ver se de repente alguém me compreendia e percebia que a beleza não é externa.

E eu quis possuir e gritar e rir. E quis ficar feliz e me concentrar em banalidades. Não consegui. A complexidade veio à tona e eu quis dizer a verdade. Eu quis apenas olhar. Eu quis tanto e ainda quero. E tento correr, mas não consigo. É confuso e doloroso, sufocante e amargo. E eu quis mesmo assim ser dona de mim..

domingo, 2 de dezembro de 2012

Quando eu crescer


O que eu vou ser quando eu crescer?

Eu ando nas ruas e olho esses prédios. E tem uns que chamam mais atenção do que outros. E penso: quando eu crescer quero morar em um prédio pequeno e antigo, tipo aqueles predinhos de três andares.
E ando.

E sempre que estou em bairros que eram antigas vilas lindas me dói o coração ver aquelas casinhas destruídas, virando comércio ou dando lugar a altos edifícios. E penso: quando eu crescer quero morar em uma casa de vila. Quero mais. Quero também um atelier para as artes, crianças e cachorros. Mas será que quando eu crescer ainda existirão vilas que comportem uma casinha antiga e ruas tranquilas para as crianças e cachorros?

O que eu vou ser quando eu crescer? Reflexo dessas coisas chatas que existem no mundo?

Não quero fazer parte daquela maioria que trabalha em lugares que não gosta, fazendo coisas que não gosta para poder ganhar algum dinheiro considerado bom. Mas se eu não o tiver o que farei com meus caprichos?

Não quero ter que crescer e me preocupar. Mas foi bem agora que percebi que a vida já me cresceu e que não tenho nada. E talvez não seja nada. Sou um grande saco de dúvida ambulante que perambula pelas noites frias em busca de um pouco de ar fresco.

É difícil respirar. Eu cresci me perguntando o que eu seria quando crescesse e a única coisa que nunca entendi é por que me falta o ar. E ele sempre me falta. Então eu não quero passar a pensar que não cresci mais porque eu não tinha ar suficiente. Eu tenho. Mas as vezes é difícil entender.

Eu cresci e não quero aceitar porque eu acho que sou muito nova para ser grande. Mas aí eu penso que na minha idade, em outros tempos ou até por esses dias, muitas pessoas já cresceram mais do que eu. Sei que ainda vou crescer mais e que virão mais coisas chatas, e mais preocupações, e... E acho que eu sei de uma coisa: agora que cresci quero aprender a ser criança de novo....

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Me leva (ou Como é que se diz eu te amo)



Aqui ou acolá. Seja onde for, estou contigo. Vou segurar sua mão até o infinito. Aprendi o que era amor com o seu olhar e ele só cresce com a vida, o seu suspiro, o seu sorriso.

- Tá gostando do passeio, filho?

Tudo pra te ver feliz. Tudo por momentos assim. Deitar na pedra e ver seu brilho, seu reflexo em mim. Estar ao seu lado basta.

Eu te olho, repouso e agradeço por ser você, por ser eu. Sigo a te ensinar os passos, a te contemplar. A parte mais bonita de mim.

Vou congelar esse momento, meu pequeno, pra te admirar pra sempre. Aqui ou ali. Seja onde for, que seja infinitamente com você.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Andando por aí


Quer descanso, quer chamego, quer tomar banho de sol.
E quer andar por aí, que é pra ver se descobre outras formas de sorrir e de sonhar.

Quer mesmo gargalhar das páginas dessa vida enquanto passeia num outro canto qualquer.
O resto é arte...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Para o outro lado



Guardei uns sonhos na gaveta. Enrolei-os em plástico bolha para não danificar.

De vez em quando deixo a gaveta aberta para arejar. Tenho medo do mofo, do mau cheiro. Não quero que fedam à naftalina.

De vez em quando tenho uma vontade imensa de tirá-los de lá. Cortar os plásticos, as amarras e passar álcool. Depois colocar na prateleira para brilhar.

Quero ter coragem de realizar meus sonhos. Quero ter coragem.

Quem dera mãe...
Me joga água, me banha, me purifica... Me coloca de volta no meu caminho.

sábado, 24 de novembro de 2012

Trapaças



Era um jogo. E você resolveu trapacear depois que as apostas foram feitas. Tudo na vida tem seu preço, já dizia meu avô.  Às vezes tarda, às vezes não.

Em algumas histórias cedo demais se aprende que desculpas não anulam as trapaças. O preço é caro, o pagamento à vista. E jogo é coisa séria.

A vida é jogo, o amor é jogo... Mas pode não ser. Você é quem decide. Trapaças ferem, geram rancores, mágoas. É preciso estar atento.

Está vendo aquele reflexo? Preste atenção, pois ele está tentando te mostrar algo. Trapacear é muito mais perigoso do que jogar. É necessário entrar na vida com essa premissa, com o pé direito como dizem por aí.

Vale até levar um cigarro, uma birita e fazer cara de canastrão. Seja como for, só não é permitido roubar. O jogo, o sorriso, o amor.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Por aí



Navalhas no peito
Coração dilacerado
Sorriso quebrado
Pensamento vago

Em qual ponto da estrada estou?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sonho matinal



Nesta manhã te encontrei num sonho.  Foi rápido. Você me deu um beijinho como se fosse proibido e olhou para os lados. Deu tempo de te dar um abraço, apertado, com um sorriso de lado.

Não sobrou tempo pra dizer que eu queria mais. Precisei ir, você precisou ficar. Não sei que lugar era aquele. Fui andando, depressa, atrasada... Acordei.

E senti aquele friozinho na espinha de quando a gente sabe que quer alguém. O sorriso estampado no rosto por conta dos pequenos prazeres.

Depois pensei em comprar um binóculo. Desses bem potentes, sabe? Pra ver se enxergo além mar. De repente na miragem encontro seu sorriso, e não tenho que esperar somente por suas visitas em meus sonhos.

sábado, 17 de novembro de 2012

Se foi



Faz tempo que você se foi. E eu demorei bastante pra deixar você ir embora de mim. Consegui isso bem recentemente, depois que descobri uma nova paixão.

Mesmo assim você ainda aparece de vez em quando. Não sei se isso acontece por que sua ida foi recente ou por que  não estou profundamente apaixonada de novo. O fato é que ainda te vejo escondido em alguns trejeitos, em alguns gestos de mãos, entre outras coisas.

Hoje você apareceu num sorriso alheio e me levou pra longe. Tive saudade. Queria que fosse seu sorriso de verdade, não apenas lembrança. E acho que sempre vai existir aqui dentro uma gavetinha com seus pedacinhos, mesmo que eu tenha aceitado sua ida.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

13 lados de mim

Há quem diga que 13 é azar. Pra mim é sorte.
Sempre gostei desse número. Acho representativo.

Foi num dia 13 que comecei uma história bonita e eu nem podia imaginar no que daria.  
E no dobro de 13, que é 26, me casei. Queria até ter um filho em 2013, que era pra eternizar. Mas sei lá, dizem por aí que o mundo acaba antes.

Outro dia ouvi uma declaração de uma cantora, a Lulina, falando que também gostava desse número e o cd dela tinha 13 músicas. Me identifiquei na hora.

O 13 é controverso, incômodo. Mas também é bonito e admirado...

E por que essa história toda agora? Acabei de me dar conta que dia é hoje: 13 de novembro. É uma data importante pra mim. Vou brincar de resgatar 13 lembranças. Daí vou comemorar, mesmo que sozinha com os 13 lados de mim.

domingo, 11 de novembro de 2012

Amor de primavera



Eu não queria ser um peso, queria ser amor. Daqueles amores leves com ar de primavera. Um campo florido que enche os olhos só de ver, mesmo que de relance. Eu queria ser desses amores todos os dias... Mas você me colocou num pedestal. E quem é amor não pode estar num lugar assim.

Foi por isso que me tornei um peso pra você?

Sinto que estamos errando, nos deixando escapulir por entre os dedos. Deixando nosso amor de primavera ir embora. Olhe só, seja atento: não deixe nosso amor dobrar a esquina. Lá não é se quer verão.

Vem andar comigo, vamos fazer dos seus e meus os nossos passos. Estou aqui pra ser leve e ser amor pra vida inteira.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

De volta pra casa



É difícil desfazer as malas.
Há viagens que a gente simplesmente não quer voltar. Mas daí a gente volta e tem que rever tudo. Separar as roupas sujas pra lavar, separar aquelas roupas que não servem mais ou que enjoamos por algum motivo.

Tem também a parte de decidir o que vamos guardar como lembrança.
Além das fotos, tem bilhetes de transportes, ingressos de cinemas e shows, bibelôs... O que é que vai pra caixinha? No fundo, a gente tem vontade de guardar tudo.

Como é que se coloca no bolso um sorriso?

A gente faz um esforço danado para que o tempo não leve embora todas aquelas expressões gostosas que queremos ver quando olhamos para o ar. Porém é difícil manter tudo. Voltar de viagem quase sempre implica em deixar em outro lugar coisas que queremos carregar conosco.

É a hora de esvaziar a mala, o olhar e o pensamento. E saber que nem tudo que achamos lindo, dura para sempre.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Deixa estar




Um tempo pra pensar, pra caminhar.
Meu coração se feriu com seu alfinete e sangra. Precisa de tempo pra cicatrizar.

Deixa-me olhar para o horizonte  e saber se posso sonhar outra vez. Perdoar.
Deixa-me andar os meus passos um pouco sozinha. Pra espairecer e me fortalecer.

Se quer saber, não esqueci dos meus (nossos) planos. Mas quero rever tudo, aprender de novo e saber se eu posso seguir como pensei. Feito criança com seus primeiros passos em uma rua desconhecida em busca dos reflexos do sol.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

3x4



Eu guardei várias imagens suas. Fiz isso para decorar seus traços e não esquecer. Quero saber exatamente a curva do seu sorriso, saber como você aperta o olho quando sorri.

Mesmo que seja com o retrato que eu mesma criei em 3x4. Quero é guardar aquele olhar que você repousou em mim. São poucas lembranças e não quero que os dias apaguem. É mesmo pra levar você comigo seja onde eu for.

domingo, 4 de novembro de 2012

Escolhas



De tudo o que poderia ser, escolheu ser covarde. Negligenciou os pedidos que outrora ela havia feito dizendo pra não mentir. Simplesmente mentiu.  E deitou a cabeça no travesseiro como se não fosse nada.

Depois perguntou das flores. Mas haveriam as flores de sobreviver a tantas tempestades?

Os dias seguiram como se não houvesse chuva, mas eram cinzas como nunca ousaram ser.

É preciso saber ouvir e respeitar. Nenhum jardim sobrevive sem cuidados e, geralmente, eles não gostam de ser adubados por corações covardes.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Viagem


Meu pensamento foi e voltou mil vezes. Foi até lá pra ver. Viu e voltou.
Daqui não viu. Decidiu voltar lá e também não viu. Voltou e viu aqui. Ficou e viu.

E decidiu não ir mais, para no instante próximo ir e voltar mais uma vez.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cuspe

Às vezes é necessário gritar, espernear, xingar e chorar pra poder respirar.
E foi o que fiz. Eu preciso de forças para seguir, para juntar o que restou e escolher outra estrada.

Não dá pra ir para um novo caminho sem rever a bagagem.

E com o tempo aprendi que aceitar o próprio sofrimento não é perda, é um ganho enorme pra continuar respirando.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Chove, chuva



Sim, precisamos dessa água. Essa chuva que cai para limpar o clima que pesou. Estamos cinzas, o dia e eu. Minha blusa florida não bastou para trazer cor.
Então, vou mesmo esperar que essa chuva lave, até que se possa ser leve.

domingo, 21 de outubro de 2012

Como faz?


Eu já aprendi a aceitar algumas perdas, outras ainda não.
Por mais que eu tente achar que tudo faz parte de um plano maior, eu tento pouco. Porque no fundo não quero acreditar.

Eu já aprendi a esperar por certas coisas, mas por outras ainda não. Preciso delas assim mais de imediato.

Hoje estou triste, bem triste e com medo também.  Não quero ter que aceitar o fracasso desse tipo de batalha. Não estou preparada, nem quero estar.

sábado, 20 de outubro de 2012

Bom dia


A luz da manhã entra pela fresta da janela. Vem sol. Vem ouvir sobre o meu amor por ela.

Chegue perto e encoste o ouvido, preciso falar baixinho esse segredo:  estou louco de amor por ela.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ensaboa, tô ensaboando

Nem sempre se quer lavar a roupa suja. As vezes você só quer doar. Se alguém quiser lavar, que lave, mas daí já são outros quinhentos.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Embriaguez


Traz mais um copo, traz mais um copo. Essa noite vou ficar por aqui. Vou me embriagar de álcool, muito álcool, pois já cansei de me embriagar com minhas amarguras.

Traz mais um copo, mais álcool que é pra passar a dor. Essa lentidão das horas, esse frio, essa ausência. Traz algo pra passar isso. Quero dar um analgésico para minha alma.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobrevida urbana


Não tenho vivido. Tenho sobrevivido. Os últimos dias tem sido pesados, com pensamentos pesados e conflitantes.
Poucas horas de sono. Muitas horas de trabalho e de deslocamento. Estou cansada...

Conversa de botas batidas


Promessas que não se pode fugir;
Promessas que não se pode cumprir.
Os anos passam e onde estamos?
Ainda no mesmo lugar.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ruídos


Dentro de mim há um ruído.

Esse ruído é provocado pela mistura dos meus sentimentos. Um monte de coisa que não tem resposta, e muitas vezes já sem sentido.
Não sei fugir disso. Não sei e nem posso. Não sei como tornar tudo isso leve e harmonioso.

Ruídos.

Ruídos são assim, tudo misturado e bagunçado.  A ânsia que tenho de tirar isso de mim. Quero luz. Quero paz.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

tchau.

                                                  Foto: Kosuke Arakawa                                          

É difícil deixar a casa. Na mala vou guardar minhas lágrimas. Não quero deixá-las aqui, melhor que estejam comigo.

 Vou separar umas roupas, uns cremes e uns livros. As músicas estou levando no iPod. Vou levar meu travesseiro e cobertor que é pra eu me sentir menos sozinha.

 Ir embora é dolorido demais. É mais dolorido ainda não ter uma criança pra levar.

domingo, 14 de outubro de 2012

Qual sua graça?

Eu tenho um nome pra tudo. Para os meus filhos e cachorros, por exemplo, tenho uma porção de nomes na cabeça. Só para meu blog é que não tinha... Não conseguia achar um nome que combinasse com ele e comigo. Mas, hoje, eis que surge a Sala dos Reflexos.

Sejam todos bem-vindos.