segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Depois da rotina



A rotina me pegou e tive o meu pé moído. Doeu muito. Não é fácil ser engolida assim. Gritei e pedi sua ajuda para tentar escapar, mas você soltou minha mão.

Apesar da dor, não desisti. Escapei sozinha. Sequei minhas lágrimas e fiz um curativo. É difícil andar de muletas, mas eu sigo. É melhor estar manca do que cega ou totalmente triturada.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

(...)

Fico sozinha com as horas. Fico sozinha com o silêncio da madrugada, interrompido pelo apito do vigia noturno.

Queria nunca mais ter pontos, somente vírgulas. Queria ter o botão que aperta e esquece tudo. Queria ter o canto, o bonsai e a orquídea.

Quando a gente vê já se foi quase um ano. Já se foi um ano. E em uma única hora muitos anos se foram. A lágrima confunde as horas vazias da madrugada, me fazendo esquecer tudo o que tinha pra dizer.