terça-feira, 18 de junho de 2013

Caetano se foi

Ah, moço, não sei explicar muito bem. É que ainda nem consegui entender direito. Também não sou muito boa com as palavras, tem coisa que é só sentimento.

É que Caetano só existia ali, no sonho, naquele sonho. Daquele jeitinho que te falei, que tentei te falar. Não é possível que exista outro, pois cada sonho é único, não? Sim é único. Só ali era possível que ele existisse.

Eu nunca vi seu olhar, seu rostinho. Isso não sei como era. Mas eu vi ele correndo com um gingado de quem recentemente aprendeu a andar. Tão bonito. E vi também a quantidade de amor e felicidade que ele trazia consigo. Já me arrancou tantos suspiros. Eu já soltei um monte de sorrisos só de pensar. Agora solto lágrimas.

Me desculpe meu choro, moço, mas é que é difícil pra mim. Você tem filhos? Você tem sonhos?

Meu pedacinho de amor se foi. Ele que nem era ninguém, era só um sonho. Um sonho mesmo, moço. Desses que só existe na nossa cabeça e no nosso coração.

E dói tanto essa perda, como se fosse alguém de verdade. Um dia, quem sabe, poderei sonhar de novo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário