terça-feira, 5 de agosto de 2014

Estrada



Essas lágrimas cortam-me como navalhas
Queria ter linhas mágicas para costurar essas feridas
Ou minha saliva ser igual sal marinho que cura

Como é que se alcança a alma?
Como meu beijo pode chegar a um coração?

As respostas que demoram mais de uma vida para existir
Então é como se nunca existissem
Mas meu avô me disse em sonho que tudo há uma razão
Talvez por isso que estamos na mesma encruzilhada
Cada qual com a sua cruz

Também ouvi falar do Tempo
Que traz, que leva, que sangra, que ama, que cura

Já não sei o que é verdade
Joguei álcool nas minhas feridas
Posso jogar nas suas?
Não para curar, mas para desinfetar
Porque o que não podem existir são as inflamações

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